quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Para quem quiser pular fora...

Para que está arrependido de fazer economia - e não são poucos - aí vai um link interessante:

www.copeve.ufal.br

Boa sorte, e faça na área de exatas!

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Só pra confirmar a "guerra cambial"

Por dentro do Mercado:
Clima de guerra no câmbio global
Eduardo Campos
20/09/2010

O clima é de guerra no mercado de câmbio. A semana que passou mostrou as primeiras batalhas. Entre os movimentos, destaque para a intervenção do Japão para conter a valorização do iene, algo que não acontecia desde 2004 e causou reações no mundo todo. Depois assistimos aos Estados Unidos voltando a endurecer seu discurso contra a China e seu yuan artificialmente desvalorizado. Por aqui, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, também criticou a atuação do Japão, dizendo que o Brasil tomará medidas contra a desvalorização cambial de outros países.

Conforme o tempo passa e os países se arrastam para sair do estado de crise, a tendência é de que essas brigas envolvendo câmbio e comércio se acentuem e fiquem mais violentas.

Banco Central reduz duração dos leilões de compra à vista

Conforme notou o economista da Gradual Investimentos, André Perfeito, a situação é simples: o cobertor é curto e as grandes economias estão tentando não ficar descobertas.

Todos buscam a saída da crise via comércio externo, mas não tem comprador para tudo.

Perfeito lembra este tipo de "desvalorização competitiva" de moedas é algo perigoso e foi um dos grandes motivos para o aprofundamento da crise de 1929.

"Os líderes mundiais das economias industrializadas estão nervosos com a demora da recuperação econômica e o ônus político começa a pipocar na frente dos seus gabinetes. A tentação de entrar neste tipo de estratégia é enorme", escreveu o economista.

Além dessa guerra global, o mercado local enfrenta suas próprias batalhas.

Mantega não só bateu no Japão e nas economias asiáticas, mas também colocou sobre a cabeça do mercado a espada do imponderável ao ameaçar atuar no câmbio com tudo o que tiver para conter a apreciação do real "Vamos comprar tudo, já estou avisando", disse o ministro ao comentar a operação da Petrobras.

Após a fala de Mantega, o mercado assistiu a uma profusão de notícias e análises sobre o uso do Fundo Soberano, do Tesouro, do swap cambial reverso e da redução de limites de exposição cambial dos bancos, entre outras.

Completando o quadro de incerteza, o Banco Central (BC) abriu novo front para especulações ao alterar, na tarde de sexta-feira, a duração dos leilões no mercado de pronto. As instituições têm 5 minutos e não mais 10 minutos para fazer suas propostas. Entre as teorias que surgiram de imediato temos: o BC quer fazer mais de dois leilões por dia e/ou quer tornar suas atuações menos previsíveis e passíveis de manipulação.

A ideia aqui é que os bancos que tomam parte nos leilões combinam as taxas entre si antes de apresentar ao BC.

Ainda assim, essa decisão do BC foi a única coisa concreta da semana, mas que não prática pode não significar grande mudança.


O discurso nas mesas continua sendo de que o governo quer segurar o câmbio no grito. Usar o discurso como instrumento de intervenção.

Analisando friamente, por ora, não faria sentido mudar as regras do jogo em função de um fluxo pontual decorrente da oferta da Petrobras.

Usar o Fundo Soberano ou qualquer outro instrumento só faz sentido no momento em que o fluxo for fato.

Fora isso, todos trabalham como se esse fluxo fosse líquido e certo. E se alguma coisa não der certo e o governo já tiver armado uma série de medidas para a desvalorização do real? O que pode acontecer?

"Quando não se sabe o que vem pela frente é melhor ir mais devagar", disse certa vez um quadro do próprio governo.

Eduardo Campos é repórter

E-mail eduardo.campos@valor.com.br

Nocaute!

Quem assistiu o Globo News Painel viu a surra que o Beluzzo deu no Maílson da Nóbrega.

Quando questionado sobre a taxa de câmbio, o Maílson disse que mais importante do que desvalorizar a moeda era melhorar a infraestrutura do país - O custo Brasil.

Aí o Beluzzo cortou dizendo que a infraestrutura era um problema, mas que mexer na taxa de juros era mais importante e que ela não é determinada "por Deus". Ou seja, se podemos mexer no câmbio, por que não fazer-lo?

Guerra de câmbio?

Agora que o Dólar entrou em queda livre - e não se sabe quanto tempo isso vai durar - espera-se que o setor manufatureiro norte-americano recupere um pouco da competitividade perdida ao longo da década.

Só esqueceram de combinar com a China! O Japão já meteu o bedelho e manipulou a cotação do Iene. Enquanto isso o Brasil se mantém com o Real sobrevalorizado, pobre da nossa indústria - e viva o agronegócio!

sábado, 11 de setembro de 2010

Aliás, hoje é onzedesetembro!

Será que foi tudo armação?

Bons são os matemáticos.

Quando eu optei por economia eu era um jovem inocente. Quanta ingenuidade! Se eu quisesse me passar por economista eu fizesse matemática e prestasse ANPEC. Ou até Física.

Hoje eu me vejo numa situação lamentável: o que eu sei de economia - e que é a parte mais importante- não me levará para o mestrado. Em compensação, nossos amigos matemáticos que estão de saco cheio dos números podem estudar um pouco de micro (em meia hora vocês aprendem!) e passar no mestrado da UNICAMP.

Eu bem que achei estranho quando nas primeiras semanas de aula o professor disse que quem se dá bem no mercado financeiro são os físicos... O economista sempre vai correr por fora!

Pois é, economia é o curso que mais fecha portas.